sábado, 3 de abril de 2010

A obra é para sempre.

Como pode a vida, num rompante inconsequente, nos tirar a presença de artistas tão fabulosos?

Será que realmente terão cumprido o seu papel e por isso seguem seu destino para caminhar por novos rumos, novas batalhas, e feitos brilhantes?

Hoje nos deixou Buza Ferraz, um cara que, mesmo não conhecendo pessoalmente, aprendi a respeitar pelo seu trabalho e a dedicação para com o resignio de ator. E foi-se jovem, aos 59 anos.
Isso me remete a tantos outros que também se foram jovens, ou senão, jovens num corpo mais amadurecido. Cujas rugas são tão somente a marca do sofrimento, do amor e da alegria, e de tantos outros sentimentos vividos no belo ofício de atuar.

Qual será essa força que nos transcede à marca da eternidade? É a obra que damos vida. Assim é para os músicos, pintores, atores e escritores. A arte, seja a primeira ou a sétima, é a força maior da humanidade, presente nas periferias e nos grandes centros.

Essa força pode ser percebida quando um ator não morre "intelectualmente". Um exemplo: Quem é que nunca se perguntou se Marlon Brando está vivo ou morto? E Paul Newman?

Outro dia me perguntavam alguns amigos se Dercy Gonçalves estava viva? E eu disse que sim. Pois a obra de um artista nunca morre.

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