segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Poética em Um Ato

Ser ator: ato de amor
Viver constante, driblar o cansaço
Brilhar no sonho de outrem.
Saber que, quando se pensa saber tudo,
Ainda não se sabe nada.
É ser aplaudido num instante, com os pés na ribalta
E ser esquecido em seguida quando as luzes se apagam.
É anonimo, antonimo
Singular e plural.
Dissecar-se antes do ato
E viver um romance astral.
Algoz, valente e sútil.
Ato solitário, gratificante
Angustiante, sofregante.
Ninguém mais é, senão ele próprio.
Aquele que vive, domina, prevalece
Constante ator dos atos vividos
Numa poesia épica, lírica.
Transforma-se o poeta, um ridículo
É o tolo que vive o espectro de Hamlet,
Porém, é o sábio que vive e dá vida
a MIL almas imortais.

É o início, o fim e o meio.

((Adriano Costello))