quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dramaturgos Romanos



Lívio Andrônico (Livius Andronicus) (280 a.C à 200 a.C), da cidade de Taranto, uma das maiores e mais ricas das antigas colônias gregas no sul da Itália. Lívio Andrônico foi trazido a Roma, como escravo, para a rica casa dos Lívios. Graças a seu dom da Linguagem, o jovem grego logo foi promovido de professor particular a conselheiro educacional e cultural.
Em 240 a.C., escreveu suas primeiras adaptações de peças gregas. Uma tragédia e uma comédia foram representadas, nas quais o próprio Lívio Andrônico participou como ator, cantor e encenador, na melhor tradição ateniense.

Névio (Gneu Névio) (261 a. C. - 201 a. C), da Campônia, foi o primeiro dramaturgo latino e o criador do drama romano. A fabula Praetexta, tinha como personagens centrais os "preteres", os mais altos servidores da República, e os heróis centrais da história. Cinco anos mais tarde apresenta-se pela primeira vez nos Ludi Romani com obras próprias.

Névio alcança sucesso e reconhecimento com a peça "Romulus" que retrata a lendária fundação de Roma. No entanto, ao escrever suas comédias polêmicas, atacando políticos e nobres de sua época foi preso e exilado. Morrendo por volta de 201 a.C, em Utica.

Ênio (Quinto Enio de Rudia) (239 a.C à 169 a.C) da Calábria - terceiro pioneiro do teatro romano surgiu em 204a.C, então com trinta e cinco anos. Obteve fama com sua obra mais importante, Anais, e também por suas adaptações de tragédias e comédias gregas para o publico romano. Escreveu, segundo o modelo de Eurípedes, peças como Aquiles e Alexandre, além de outra sobre o tema das Eumênidas.

Ênio escrevia de forma popular, e evitando assuntos controvérsios fazia muito sucesso entre o povo e os nóbres. Seus textos eram carregados de assuntos leves e didáticos que se encaixavam facilmente com a visão de mundo racional dos romanos.

Plauto (Titus Maccius Plautus) (c. 254-184 a.C.), primeiro grande escritor romano de peças comicas, nascido em Sarsina, não era um homem de muito estudo, mas conta-se que no decorrer de uma juventude cheia de aventuras, perambulou pelo país com uma trupe atelana.

As personagens cômicas, identidades trocadas, intriga e sentimentalismo burguês alimentam as suas comédias. As canções com acompanhamento musical conferem a elas um toque de opereta.

Ao todo, vinte peças completas de Plauto subsistem. Elas refletem não apenas o repertório de enredos e
personagens da Comédia Nova, mas, a mentalidade de seu autor e do público para o qual escrevia. Elas também se tornaram a fonte inesgotável da comédie francese.

Terêncio (Publius Terentius Afer) (c. 190-159 a.C.), de Cártago, é o segundo grande poeta cômico de Roma. Bárbaro de nascimento, foi trazido a Roma como escravo, da mesma forma que Lívio Andrônico. Seu senhor reconheceu os talentos do jovem e o emancipou. No círculo de Cipião Africano Menor, ele encontrou amistoso reconhecimento e apoio.

Suas seis comédias traem já nos títulos aquilo que Terêncio buscava - o estudo de caráter. Todas as seis peças de Terêncio pertencem ao período entre 166 a.C. Entre suas peças ressalta-se O Formião, Ecira e Eunucus.

Enquanto Plauto prestava atenção à conversa do povo e se apoiava fortemente no contraste entre ricos e pobres para suas situações cômicas, Terêncio procurava imitar o discurso cultivado da nobreza romana.

As técnicas de Terêncio na escrita cômica, tornaram-se exemplares e foram, mais tarde, adotadas por muitos dramaturgos, como: Shakespeare, Tirso, Vega, entre outros da comedia européia.


(Plauto)

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